Violência contra as mulheres e Covid-19: novas nuances e desafios para a prática profissional

Emancipação

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Telefone: (42) 3220-3387
ISSN: 1982-7814
Editor Chefe: Adriano da Costa Valadão
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Economia doméstica, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Violência contra as mulheres e Covid-19: novas nuances e desafios para a prática profissional

Ano: 2021 | Volume: 21 | Número: Não se aplica
Autores: Bruna Woinorvski de Miranda
Autor Correspondente: Bruna Woinorvski de Miranda | [email protected]

Palavras-chave: Violência estrutural. Violência direta. Mulher. COVID-19. Prática Profissional.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A violência doméstica e familiar contra as mulheres, com índices crescentes e expressivos no Brasil nos últimos anos, encontrou reforço e novas nuances diante da pandemia pelo novo coronavírus. Além dos altos números que, por si só, demandam compreensão e construção de práticas diferenciadas e atentas as particularidades da questão, outro problema chama a atenção: o elevado índice de mulheres que abdicam de medidas protetivas de urgência deferidas em seu favor depois de terem judicializado a violência sofrida, muitas vezes, as expondo em reiterados ciclos de violência. Com base em estudo documental realizado nos processos eletrônicos de medidas protetivas de urgência que tramitaram no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e anexos da comarca de Ponta Grossa/PR em 2020, este artigo visa demonstrar de forma quali e quantitativa as motivações identificadas para que mulheres desistissem da cautelar que as protegia. Diante das crises e problemas desencadeados pela COVID-19 - que também repercutem e reforçam a violência direta e estrutural contra as mulheres, a reflexão sobre essa questão descortina os desafios a serem enfrentados por profissionais que atuam na área, especialmente no que se refere a ressignificação e reestruturação da prática profissional.



Resumo Inglês:

Domestic and family violence against women, with increasing and significant rates in Brazil in recent years, has been reinforced and has taken on new nuances due to the novel coronavirus pandemic. In addition to the high numbers, which in themselves demand understanding and the development of differentiated practices that are attentive to the particularities of the issue, another problem is noteworthy: the high rate of women who waive urgent protective measures granted in their favor after having brought the violence they suffered to court, often exposing them to repeated cycles of violence. Based on a documentary study of electronic urgent protective measures proceedings processed in the Domestic and Family Violence Against Women Court and its annexes in the Ponta Grossa/PR district in 2020, this article aims to demonstrate qualitatively and quantitatively the motivations identified for women to waive the precautionary measure that protected them. In light of the crises and problems triggered by COVID-19—which also have repercussions and reinforce direct and structural violence against women—reflection on this issue reveals the challenges faced by professionals working in the field, especially with regard to redefining and restructuring professional practice.