A violência obstétrica não é uma problemática desconhecida no Brasil. Entretanto, é uma violência silenciada e marginalizada. Neste sentido, o presente artigo tem por objetivo contribuir na discussão sobre o tema, trazendo ao centro as omissões e silenciamentos do Estado brasileiro na prevenção e reparação dos direitos humanos das mulheres. Para tanto, serão abordados os conceitos de saúde como um direito humano e de omissão como violência. A partir desses referenciais, serão analisadas as consequências do posicionamento do governo ou de sua ausência no enfrentamento à violência obstétrica e seu reflexo na construção da formação educacional dos profissionais de saúde.
Obstetric violence is not an unknown problem in Brazil. However, it is a kind of silenced and marginalized violence. In this sense, this article aims to contribute to the discussion on public health and to bring to the focus the omission and silence of the Brazilian State in the prevention and reparation of the human rights of women. For this, the concepts of health as a human right and of omission as violence will be presented. Based on these considerations, the consequences of the non government’s position on confronting obstetric violence and its reflection on the training of health professionals will be analyzed.
