A violência intrafamiliar contra a criança e o mito do amor materno: contribuições da enfermagem
Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria - REUFSM
A violência intrafamiliar contra a criança e o mito do amor materno: contribuições da enfermagem
Autor Correspondente: Ruth Irmgard Bärtschi Gabatz | [email protected]
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem; Maus-tratos infantis; Relações mãe-filho
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Objetivo: discutir o mito do amor materno em casos de violência intrafamiliar em que a mãe é a principal agressora. Método: pesquisa qualitativa descritiva, fundamentada no Método Criativo Sensível. A produção dos dados ocorreu em duas instituições localizadas no Sul do Brasil de junho a julho de 2008. A produção dos dados ocorreu por meio das dinâmicas de criatividade e sensibilidade: Brincar em Cena e Corpo Saber com quatro crianças em idade escolar. Resultados: apontaram a mãe como principal agressora, sendo a violência física a mais frequente. Considerações finais: a partir do paradoxo de a principal cuidadora ser também a agressora traz a tona a reflexão de que o amor materno incondicional não é inato, mas uma concepção histórica e culturalmente construída. Recomenda-se uma intervenção de enfermagem que inclua a família, nuclear e extensa, tendo a família como centro deste cuidado que deve ser pautado na moral e na ética.
Resumo Inglês:
Aim: discuss the myth of maternal love in cases of domestic violence where the mother is the main aggressor. Method: qualitative descriptive research based on Sensible Creative Method. Data production occurred in two institutions located in the southern Brazil from June to July 2008. Data production occurred through the dynamics of creativity and sensitivity: Play in Scene and Body Knowledge with four school-aged children. Results: pointed out that the mother as the primary aggressor, and physical violence was more frequent. Final Considerations: from the paradox of the primary caregiver be the aggressor also brings up the idea that the unconditional maternal love is not innate, but a conception that is historically and culturally constructed. We recommend a nursing intervention that includes the family, nuclear and extended, with the family as the center of the care that should be based on morals and ethics.
Resumo Espanhol:
Objetivo: discutir el mito del amor maternal en los casos de violencia intrafamiliar en que la madre es el principal agresor. Método: pesquisa descriptiva cualitativa, basado en Método Creativo Sensible. La producción de datos ocurrió en dos instituciones en el Sur del Brasil, de junio a julio de 2008 y ocurrió a través de la dinámica de la creatividad y la sensibilidad: Jugar en Etapa y Cuerpo saber con cuatro niños en edad escolar. Resultados: indicaron la madre como el agresor principal, y la violencia física fue la más frecuente. Consideraciones finales: el paradojo de que el cuidador primario sea el agresor también trae a idea de que el amor maternal incondicional no es innato, sino una concepción construido históricamente y culturalmente. Se recomienda una intervención de enfermería que incluye a la familia, nuclear y extendida, como el centro de la atención inspirada en la moral y la ética.
