Objetivo: Analisar os anos potenciais de vida perdidos por mulheres vítimas de violência letal no estado do Paraná, no período de 2006-2023. Método: Estudo de séries temporais que analisou os óbitos devido à violência contra mulheres na faixa etária de 10 a 49 anos no estado do Paraná. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação sobre a Mortalidade e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ambos disponíveis por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. As taxas foram calculadas pelo total de mulheres, e os anos potenciais de vida perdidos foram estimados considerando 70 anos como limite. Resultados: Foram analisados 3.790 óbitos de mulheres por violência no Paraná, com taxa geral de 248,7 por 100 mil mulheres e 153.495 anos de vida perdidos no período estudado. Evidenciou-se tendência de redução nas taxas de mortalidade e dos anos potenciais de vida perdidos (decréscimo médio de 8,82 e 300,97 ao ano, respectivamente). As maiores taxas ocorreram entre adolescentes de 15 a 19 anos (396,7) e jovens 20 a 29 anos (368,9). Entretanto, a maior redução média anual de anos potenciais de vida perdidos também foi para a faixa etária de 15 a 19 anos (-149,13), seguida pela idade de 20 a 29 anos (-115,67 ao ano). Conclusão: Apesar da tendência decrescente das taxas de mortalidade e anos potenciais de vida perdidos de mulheres vítimas de violência, os dados ainda são alarmantes. Compreender a situação da violência contra a mulher pode fornecer a base para políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e familiar, contribuindo para a proteção das mulheres e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Objective: To analyze the potential years of life lost by women victims of lethal violence in the state of Paraná, from 2006 to 2023. Method: A time-series study analyzed deaths due to violence against women aged 10 to 49 in the state of Paraná. Data were obtained from the Mortality Information System (SIM) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), both available through the Informatics Department of the Unified Health System. Rates were calculated based on the total number of women, and potential years of life lost were estimated considering 70 years as the limit. Results: A total of 3.790 female deaths due to violence in Paraná were analyzed, with an overall rate of 248.7 per 100,000 women, and 153,495 years of life lost during the study period. There was a downward trend in mortality rates and potential years of life lost (average decreases of 8.82 and 300.97 per year, respectively). The highest rates occurred among adolescents aged 15 to 19 (396.7) and young people aged 20 to 29 (368.9). However, the largest average annual reduction in years potential of life lost was also for the 15 to 19 age group (-149.13), followed by the 20 to 29 age group (-115.67 per year). Conclusion: Despite the downward trend in mortality rates and potential years of life lost among women victims of violence, the data remains alarming. Understanding the situation of violence against women can provide a basis for public policies to prevent and address domestic and family violence, contributing to the protection of women and the construction of a more just and egalitarian society.
Objetivo: Analizar los años potenciales de vida perdidos por mujeres víctimas de violencia letal en el estado de Paraná, de 2006 a 2023. Método: Un estudio de series de tiempo analizó las muertes por violencia contra mujeres de 10 a 49 años en el estado de Paraná. Los datos se obtuvieron del Sistema de Información de Mortalidad (SIM) y del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE), ambos disponibles a través del Departamento de Informática del Sistema Único de Salud. Las tasas se calcularon con base en el número total de mujeres, y los años potenciales de vida perdidos se estimaron considerando 70 años como el límite. Resultados: Se analizaron un total de 3.790 muertes de mujeres por violencia en Paraná, con una tasa general de 248,7 por 100.000 mujeres y 153.495 años de vida perdidos durante el período de estudio. Hubo una tendencia descendente en las tasas de mortalidad y años potenciales de vida perdidos (disminuciones promedio de 8,82 y 300,97 por año, respectivamente). Las tasas más altas se presentaron entre adolescentes de 15 a 19 años (396,7) y jóvenes de 20 a 29 años (368,9). Sin embargo, la mayor reducción promedio anual en años potenciales de vida perdidos también se registró en el grupo de 15 a 19 años (-149,13), seguido del grupo de 20 a 29 años (-115,67 por año). Conclusión: A pesar de la tendencia a la baja en las tasas de mortalidad y años potenciales de vida perdidos entre las mujeres víctimas de violencia, los datos siguen siendo alarmantes. Comprender la situación de la violencia contra la mujer puede sentar las bases para políticas públicas destinadas a prevenir y abordar la violencia doméstica y familiar, contribuyendo así a la protección de las mujeres y a la construcción de una sociedad más justa e igualitaria.
