VIOLÊNCIA LINGUÍSTICA CONTRA GÊNERO LGBTQI+: ENTEXTUALIZAÇÃO DO DISCURSO SEXOPOLÍTICO

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ISSN: 1983-3431
Editor Chefe: Marly Catarina Soares, Márcia Cristina do Carmo
Início Publicação: 30/04/1979
Periodicidade: Semestral

VIOLÊNCIA LINGUÍSTICA CONTRA GÊNERO LGBTQI+: ENTEXTUALIZAÇÃO DO DISCURSO SEXOPOLÍTICO

Ano: 2021 | Volume: 43 | Número: Não se aplica
Autores: Dina Maria Martins Ferreira, Ivonildo da Silva Reis
Autor Correspondente: Dina Maria Martins Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: Violência linguística, gênero, (Re-)(en-)(con-)textualização.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da concepção de língua como fenômeno social, este trabalho aborda a violência linguística contra gênero LGBTQI+, tendo, como corpus analítico, notícia de 10 de novembro de 2020, veiculada pelo portal eletrônico G1.com, na qual o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, classifica o Brasil como “um país de maricas”. Nosso percurso teórico-metodológico se baseia na visão performativa da linguagem (AUSTIN, 1990), de que forma as relações de gênero se dão (BUTLER, 1997, 2003; PRECIADO, 2011; LOURO, 2000), como a violência linguística se estabelece na linguagem (SILVA; ALENCAR, 2014, 2013) e de que maneira se dá a entextualização (BAUMAN; BRIGGS, 2006), via pistas indexais da ordem da referenciação, predicação e modalização epistêmica (SILVERSTEIN, 2003; WHORTHAM, 2001). E por esta análise a heteronormatividade é essencializada, expurgando sujeitos LGBTQI+s.



Resumo Inglês:

Based on the conception of language as a social phenomenon, this paper addresses the linguistic violence against LGBTQI + gender, with the analytical corpus, news of November 10, 2020, transmitted by the electronic portal G1.com, in which the President of the Republic, Jair Messias Bolsonaro, classifies Brazil as “a country of sissies”. Our theoretical-methodological path is based on the performative view of language (AUSTIN, 1990), how queer theory explains gender relations (BUTLER, 1997, 2003; PRECIADO, 2011; LOURO, 2000), how linguistic violence is established in language (SILVA; ALENCAR, 2014, 2013), and how entextualization occurs (BAUMAN; BRIGGS, 2006), via index clues in the order of referencing, predication and epistemic modalization (SILVERSTEIN, 2003; WHORTHAM, 2001). And through this analysis, heteronormativity is essentialized, purging LGBTQI+ subjects.