A violência obstétrica (VO) encontra-se em diversas expressões e omissões direcionadas a mulher durante o pré-natal, parto e/ou puerpério, causando dor e sofrimento desnecessários, desrespeitando sua autonomia e integridade física e mental. A humanização, por sua vez, vem destacando-se na assistência ao parto ao defender o protagonismo feminino da mulher ao parir. Diante isso, a humanização deve ser amplamente inserida na formação acadêmica para que os futuros profissionais atuem de forma a acolher a paciente, respeitando suas vontades e desejos. Teve por objetivo verificar a percepção dos estudantes do internato do Curso de Medicina e do estágio supervisionado do Curso de Enfermagem da Universidade de Vassouras sobre a violência obstétrica e a humanização na assistência ao parto. Foi realizada uma pesquisa transversal, de natureza quantitativa, cujos dados foram coletados, via Google forms®, utilizando-se um questionário estruturado com 10 perguntas. A amostra, por conveniência, não probabilística, foi constituída por 102 estudantes, sendo 72 do curso de medicina e 30 do curso de enfermagem. Dentre as respostas, entre as com maior taxa de divergência estão a realização da manobra de Kristeller e o incentivo ao uso de fórmulas em detrimento ao aleitamento materno exclusivo sem a devida indicação. Já as com maior número de concordância estão: o incentivo ao desmame precoce e a indicação de cesariana sem indicação. Conclui-se que os estudantes, apesar de conhecerem os conceitos de VO, divergiram em suas percepções, sendo os do curso de enfermagem aqueles que alcançaram maior percentual de respostas corretas.
Obstetric violence is found in several expressions and omissions directed at women during prenatal care, childbirth and/ or puerperium, causing unnecessary pain and suffering, disrespecting their autonomy and physical and mental integrity. Humanization, in turn, has been highlighted in childbirth care by defending the female role of women when giving birth. In view of this, humanization must be widely inserted in academic training so that future professionals can act in a way that welcomes the patient, respecting their wishes and desires. It aimed to verify the perception of students from the medical course and supervised internships of the Universidade de Vassouras Nursing Course on obstetric violence and humanization in childbirth care. A cross-sectional, quantitative survey was carried out, whose data were collected via Google forms®, using a structured questionnaire with 10 questions. The non-probabilistic convenience sample consisted of 102 students, 72 from the medical school and 30 from the nursing course. Among the answers, among those with the highest rate of divergence are the performance of the Kristeller maneuver and the encouragement to use formulas instead of exclusive breastfeeding without proper indication. The ones with the highest number of agreement are: encouraging early weaning and inducing cesarean section without indication. It is concluded that the students, despite knowing the concepts of obstetric violence diverged in their perceptions, and those from the nursing course were those who achieved the highest percentage of correct answers.