Violência sexual como um desafio à saúde pública: perfil epidemiológico

Revista Educação em Saúde - RESU

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ISSN: 2358-9868
Editor Chefe: Marco Aurélio Santos Cordeiro
Início Publicação: 30/06/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Medicina

Violência sexual como um desafio à saúde pública: perfil epidemiológico

Ano: 2017 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Annah Rachel Graciano, Raquel Isaac de Almeida, Luciana Zendron Carneiro .
Autor Correspondente: Annah Rachel Graciano | [email protected]

Palavras-chave: Sex offenses, Epidemiology, Preventive medicine.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: verificar a prevalência de violência sexual no Brasil entre os anos de 2009 e 2015, conforme a população geral e por sexo feminino e masculino. Métodos: Foi realizado um estudo ecológico, cujas fontes de dados foram o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Posteriormente foram calculadas as taxas de prevalência correspondentes à população em geral e ao sexo. Resultados: A pesquisa evidenciou que a prevalência de violência sexual no Brasil foi crescente entre os anos 2009 e 2013, havendo aumento de 300% na prevalência geral. A prevalência mínima foi no ano de 2015 com taxa de prevalência (TP) = 0,02 por 100.000 habitantes (IC95%: 0,02 – 0,03), e o maior TP foi equivalente a 12.1 (IC95%: 12,0 – 12,3). O sexo feminino apresentou TP maiores que o sexo masculino em todos os anos, atingindo pico de prevalência máximo de 20,9 (IC95%: 20,0 – 21,8), enquanto no sexo masculino o pico foi de 3,0 (IC95%: 2,9 – 3,2). Conclusões: Concluiu-se que a violência sexual ainda é muito prevalente no Brasil apesar da queda na frequência após o ano de 2014 e ainda se trata de um problema de saúde pública. As mulheres são as vítimas mais frequentes conforme evidenciado no estudo.



Resumo Inglês:

Objective: To verify the prevalence of sexual violence in Brazil between 2009 and 2015, according to the general population and to the female and male gender. Methods: An ecological study was conducted, based on sources from the Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) and the Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE). Subsequently, the prevalence rates for the general population and for gender were calculated. Results: The survey showed that the prevalence of sexual violence in Brazil increased between 2009 and 2013, with a general prevalence increase of 300%. The minimum prevalence was in 2015 with prevalence rate (TP) = 0.02 per 100,000 population (95% CI: 0.02 - 0.03), and the highest TP was equivalent to 12.1 (95% CI: 12.0 - 12.3). The female gender had a higher PW than the male gender in all years, reaching a peak prevalence of 20.9 (95% CI: 20.0 - 21.8), while in males the peak was 3.0 (95% CI 2.9 - 3.2). Conclusions: It was concluded that sexual violence is still very prevalent in Brazil despite the decrease in frequency after 2014 and it is still a public health problem. Women are the most frequent victims as evidenced in the study.