A incidência de mortes de jovens no Brasil por "causas externas" é crescente e assustadora. É obrigação constitucional do Estado proteger crianças e adolescentes, mas não existe uma política pública sobre violência implantada no país, e os profissionais que desejam trabalhar com famílias em risco, nao têm apoio. Trabalhar com violência doméstica significa necessidade de rede social, que permita a transformação de uma cultura de violência em uma cultura de paz. Este trabalho visa explicitar que a violência doméstica é multiplicadora (a família transmite padrões relacionais de violência para seus membros) e demonstrar que, quando existe um trabalho em rede como o do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Geral e uma disposição dos seus profissionais de atuar, dentro dos princípios da terapia familiar sistêmica e de uma ética relacional, é possível um atendimento com sucesso, próximo ao ideal, em situações de violência.
The rate of deaths of young people in Brazil by "external causes" is increasing and frightening. It is a constitutional duty of the State to protect children and adolescents, but there is no public policy on violence in the country and the professionals who wish to work with families at risk do not have any support. Working with domestic violence means a need for social networking, allowing the transformation of a culture of violence into a culture of peace. This work aims to elucidate that domestic violence is a force multiplier, because the family transmits relational patterns of violence to their members. It also aims to demonstrate that when there is a networking such as the Psychiatric services for children and adolescents at General Hospital, together with the good will of its professionals to act, within the principles of systemic family therapy and relational ethics, it is possible to provide a successful service, close to the ideal in situations of violence.