Este artigo é um estudo de caso que discute achados decorrentes de ação fiscal de combate ao trabalho análogo ao de escravo realizada na cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, no bojo de operação conjunta com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho que veio a ser denominada de “Cinderela”. A fase ostensiva da ação fiscal teve início na data de 13/03/2019, foi executada por 21 auditores-fiscais do trabalho sob coordenação da Divisão para Erradicação do Trabalho Escravo - DETRAE, compreendendo diligências em 14 alojamentos e pontos de prostituição. A ação resultou na identificação de 17 vítimas de formas contemporâneas de escravidão, todas mulheres transgênero e profissionais do sexo.