Contextualização: Ao analisar a violência no ambiente de trabalho e os processos de subjetivação, ressalta-se que a violência epistêmica opera como um mecanismo estrutural que deslegitima e marginaliza os saberes e perspectivas de determinados grupos, consolidando dinâmicas de exclusão e isolamento social. A partir do seriado The Office, identifica-se uma representação emblemática desse fenômeno por meio da desconexão entre o comportamento do personagem principal, Michael, e as percepções dos funcionários. Essa desconexão se traduz em práticas que geram sentimentos recorrentes de desrespeito e desvalorização, evidenciando as complexas relações de poder e hierarquia que perpetuam a violência simbólica no ambiente laboral. Objetivo: Compreender a violência no local de trabalho e os processos de subjetivação a partir da perspectiva do epistemicídio, utilizando a série ‘The Office’ como referência. Método: Realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter observacional, fundamentada no método de ‘microanálises estruturadas’. Esse método, ancorado em eixos temáticos e subtemas, possibilitou a construção de uma rede de significados, permitindo uma análise sistemática das dinâmicas investigadas. Resultados: Evidenciou-se a reprodução de desigualdades e injustiças no ambiente laboral, tendo os personagens demonstrado formas de resistência a essas dinâmicas ao buscar afirmar suas identidades e validar suas experiências diante da hegemonia do conhecimento dominante. Essa luta pelo reconhecimento e valorização ressalta a urgência de construir ambientes de trabalho inclusivos, que respeitem e acolham a diversidade de perspectivas, promovendo a equidade e a justiça nas relações organizacionais. Conclusões: Os resultados ressaltam as implicações sociais e teóricas da violência epistêmica no ambiente de trabalho, destacando como ela desvaloriza conhecimentos e perpetua desigualdades. O estudo contribui para a compreensão das dinâmicas de exclusão e resistência, oferecendo uma perspectiva crítica sobre o impacto das relações de poder na subjetivação dos indivíduos. Evidencia-se também o papel das organizações na construção de práticas que valorizem a diversidade de vozes e saberes.
Contextualization: When analyzing workplace violence and subjectivation processes, epistemic violence is highlighted as a structural mechanism that delegitimizes and marginalizes the knowledge and perspectives of specific groups, consolidating dynamics of exclusion and social isolation. The TV series "The Office" presents an emblematic representation of this phenomenon through the disconnection between the main character's behavior, Michael, and employees' perceptions. This attitude manifests in practices that generate recurring feelings of disrespect and devaluation, highlighting the complex power and hierarchy relations that perpetuate symbolic violence in the workplace. Objective: To understand workplace violence and subjectivation processes from the epistemicide perspective, using the TV series "The Office" as a reference. Method: A qualitative, observational study was grounded in the "structured microanalysis". This method, anchored in thematic axes and subthemes, enabled the constructing of a network of meanings, allowing a systematic analysis of the investigated dynamics. Results: The study revealed the reproduction of inequalities and injustices in the workplace, with the characters demonstrating forms of resistance to these dynamics by seeking to assert their identities and validate their experiences against the dominance of hegemonic knowledge. This struggle for recognition and appreciation underscores the urgency of constructing inclusive work environments that respect and embrace diverse perspectives, promoting equity and justice in organizational relations. Conclusions: The findings emphasize the social and theoretical implications of epistemic violence in the workplace, highlighting how it devalues knowledge and perpetuates inequalities. The study contributes to understanding the dynamics of exclusion and resistance, offering a critical perspective on the impact of power relations on individual subjectivation. It also highlights the role of organizations in establishing practices that value the diversity of voices and knowledge.
Contextualización: Al analizar la violencia en el entorno laboral y los procesos de subjetivación, se destaca que la violencia epistémica actúa como un mecanismo estructural que deslegitima y margina los saberes y las perspectivas de ciertos grupos, consolidando dinámicas de exclusión y aislamiento social. La serie The Office presenta una representación emblemática de este fenómeno a través de la desconexión entre el comportamiento del personaje principal, Michael, y las percepciones de los empleados. Esta desconexión se traduce en prácticas que generan sentimientos recurrentes de falta de respeto y desvalorización, evidenciando las complejas relaciones de poder y jerarquía que perpetúan la violencia simbólica en el entorno laboral. Objetivo: Comprender la violencia en el lugar de trabajo y los procesos de subjetivación desde la perspectiva del epistemicidio, utilizando la serie The Office como referencia. Método: Se realizó un estudio cualitativo de carácter observacional, fundamentado en el método de "microanálisis estructurado". Este método, basado en ejes temáticos y subtemas, permitió la construcción de una red de significados, posibilitando un análisis sistemático de las dinámicas investigadas. Resultados: Se evidenció la reproducción de desigualdades e injusticias en el entorno laboral, observándose que los personajes mostraron formas de resistencia a estas dinámicas al buscar afirmar sus identidades y validar sus experiencias frente a la hegemonía del conocimiento dominante. Esta lucha por el reconocimiento y la valorización resalta la urgencia de construir ambientes de trabajo inclusivos que respeten y acojan la diversidad de perspectivas, promoviendo la equidad y la justicia en las relaciones organizacionales. Conclusiones: Los resultados destacan las implicaciones sociales y teóricas de la violencia epistémica en el entorno laboral, subrayando cómo esta desvaloriza los saberes y perpetúa las desigualdades. El estudio contribuye a la comprensión de las dinámicas de exclusión y resistencia, ofreciendo una perspectiva crítica sobre el impacto de las relaciones de poder en la subjetivación de los individuos. Asimismo, evidencia el papel de las organizaciones en la construcción de prácticas que valoren la diversidad de voces y saberes.