O presente artigo tematiza algumas repercussões da pandemia do COVID-19 entre mochileiros: sujeitos quebuscam efetuar suas viagens a partir da “independência” frente às agências turísticas, flexibilidade de itinerários, maior tempo em trânsito, “orçamento enxuto”, contatos com distintos sujeitos (locais e viajantes) e engajamentos em atividades não roteirizadas. Dois conjuntos de questões serão aqui explorados: os efeitos político-sociais do coronavírus entre sujeitos que ainda estavam “na estrada”, provocando ações de lida com situações de fechamento de fronteiras, conflitos com agentes dos Estados receptores e com a comunidade local, estigmatizações, vôos de repatriação, constituição de redes de solidariedade para abrigo, alimentação e cuidados também emocionais e; o posicionamento, diante da pandemia, de plataformas digitais e redes sociais virtuais, responsáveis em grande medida pelo estímulo e provisão de informações para a realização dos empreendimentos viáticos de muitos mochileiros.
This article discusses some of the repercussions of the COVID-19 pandemic among backpackers: individuals who seek to make their trips based on “independence” from tourist agencies, flexibility of itineraries, longer time in transit, “lean budget”, contacts with different subjects (locals and travelers) and engagements in non-scripted activities. Two sets of issues will be explored here: the political and social effects of the coronavirus among subjects who were still “on the road”, provoking actions to deal with situations of border closure, conflicts with agents from the receiving States and with the local community, stigmatization, repatriation flights, constitution of solidarity networks for shelter, food and also emotional care and; the positioning, in the face of the pandemic, of digital platforms and virtual social networks, largely responsible for encouraging and providing information for carrying out the viatic ventures of many backpackers.
Este artículo aborda algunas de las repercusiones de la pandemia de COVID-19 entre los “mochileros”: personas que buscan realizar sus viajes en base a la “independencia” de las agencias de turismo, flexibilidad deitinerarios, mayor tiempo de tránsito, “presupuesto reducido”, contactos con diferentes temas (locales y viajeros) y compromisos en actividades sin guión. Se explorarán aquí dos conjuntos de temas: los efectos sociopolíticos del coronavirus entre sujetos que aún estaban “en el camino”, provocando acciones para enfrentar situaciones de cierre de fronteras, conflictos con agentes de los Estados receptores y con la comunidad local, stigmatización, vuelos de repatriación, constitución de redes solidarias de albergue, alimentación y también atención emocional y; el posicionamiento, ante la pandemia, de las plataformas digitales y redes sociales virtuales, en gran parte responsables de estimular y brindar información para llevar a cabo los emprendimientos viáticos de muchos “mochileros”.