Neste artigo será analisada a importância da Inteligência Competitiva (IC) como uma capacidade estratégica para as organizações contemporâneas, especialmente para aquelas instaladas em ambientes de intensa e de dinâmica competição. A discussão acontece no contexto da Visão Baseada em Recursos, uma das mais importantes correntes teóricas do campo da estratégica que busca explicar o fenômeno da vantagem competitiva a partir do controle de recursos e capacidades diferenciados pelas organizações. Como suposição inicial acredita-se que o valor estratégico da IC está concentrado, principalmente, no conhecimento tácito dos seus profissionais e nos relacionamentos construÃdos ao longo do tempo (path dependence) com seus pares e tomadores de decisões estratégicas de suas respectivas organizações, uma vez que eles não podem ser imitados ou desenvolvidos rapidamente pelos concorrentes, conforme sugerem os estudos de autores como Wernerfelt (1984), Nonaka e Takeuchi (1995), Barney (1986, 1991, 2001), Dierickx e Cool (1989), Mahoney e Pandian (1992), Amit e Schoemaker (1993) e Grant (1991, 1996).