A realização de festivais culturais tem sido amplamente reconhecida como uma
estratégia multifuncional no turismo contemporâneo, atuando na promoção da identidade local,
na valorização da diversidade étnica e no estímulo ao desenvolvimento territorial (GETZ, 2008;
GETZ, 2010; ZUCCO et al., 2024). Tais eventos são considerados ferramentas de
fortalecimento do capital simbólico das comunidades e de ressignificação dos territórios
turísticos, funcionando como veículos de pertencimento e expressão cultural (CUDNY, 2013).
No campo específico dos festivais étnicos, esses eventos atuam na preservação e
projeção das heranças culturais de grupos migrantes. Segundo Fiuza et al. (2024), a percepção
de legitimidade cultural atribuída pelos visitantes está associada à autenticidade das
manifestações apresentadas, à conexão do evento com os valores comunitários e à sua coerência
simbólica com a identidade local. A legitimidade, portanto, emerge como um fator chave para
a aceitação social e para a permanência dos festivais no calendário cultural.