Mudanças no paradigma de cuidado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm estimulado a ampliação dos horários de visita e a política de UTI aberta em algumas instituições. Este estudo teve como objetivo compreender a percepção dos profissionais de saúde sobre a ampliação/flexibilização da visita em UTI e analisar os critérios considerados na tomada de decisão sobre a sua duração. A pesquisa, realizada em um hospital universitário no sul do Brasil, caracteriza-se por uma abordagem multimétodo e foi desenvolvida em duas etapas: aplicação de questionário fechado (N = 72) e realização de entrevista semiestruturada com apresentação de dois casos clínicos (N = 7). A análise dos dados evidenciou que os profissionais percebem a flexibilização da visita como benéfica para pacientes e familiares, mas apresentam ambivalências quanto às repercussões na rotina de trabalho. Recomenda-se promover espaços de diálogo e capacitação para que a equipe esteja apta a adotar uma política de visita menos restritiva.
Changes in the care paradigm in the Intensive Care Units (UTI) have stimulated the expansion of visiting times and the open UTI policy in some institutions. This study aimed at the perception of health professionals about an extension/flexibilization of the UTI visit and to analyze the basic criteria used in the decision making about their duration. The research, carried out in a university hospital in the south of Brazil, characterized by a multi-method approach, developed in two stages: closed questionnaire (N = 72) and semi-structured interview with presentation of two clinical cases (N = 7). The data analysis showed that the professionals perceive a flexibilization of the visit as well-being for patients and their families, but presented ambivalence regarding repercussions in the work routine. It is recommended to promote spaces for dialogue and training so that the team is able to adopt a less restrictive visit policy.
Cambios en el paradigma de cuidado en las Unidades de Terapia Intensiva (UTI) han estimulado la ampliación de los horarios de visita y la política institucional de UTI abierta en algunas instituciones. Este estudio tuvo como objetivos comprender la percepción de profesionales de salud sobre la ampliación/flexibilización de la visita en UTI y analizar los criterios considerados en la toma de decisión sobre su duración. La investigación, realizada en un hospital universitario del sur de Brasil, tuvo dos etapas: aplicación de cuestionario cerrado (N = 72) y realización de entrevista semi-etructurada con presentación de dos casos clínicos (N = 7). El análisis de datos evidenció que los profesionales perciben la flexibilización de la visita como beneficiosa para pacientes y familiares, pero presentan posicionamiento ambivalente en cuanto a las repercusiones en la rutina de trabajo. Se recomienda promover espacios de diálogo y capacitación para que el equipo esté apto para adoptar una política de visita menos restrictiva.