Objetivou-se com este estudo conhecer as vivências e abordagens de médicos envolvendo o processo de morte e morrer de pacientes idosos em ambiente hospitalar. O fato aqui abordado detém-se na formação acadêmica e no enfrentamento da morte. O estudo é qualitativo e tem caráter exploratório e descritivo. Para alcançar o objetivo proposto, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas em que participaram 11 médicos formados há mais de cinco anos, que atuam em um hospital de grande porte no interior do Rio Grande do Sul. Por meio da análise temática de conteúdo de Bardin, modificada por Minayo, foi possÃvel construir cinco categorias. Aborda-se aqui apenas uma das categorias criadas para o estudo, que é "conversas sobre formação acadêmica". O estudo mostrou a preocupação do profissional médico quanto ao cuidado com o paciente e o respeito aos familiares, evidenciando, porém, a necessidade de reflexões com discussões amplas e profundas sobre a formação acadêmica, já que se percebe pelo estudo que, na visão de profissionais graduados há mais de cinco anos, a morte e o morrer não são contemplados nos projetos pedagógicos.
The aim of this study was to learn of experiences and approaches of doctors involving the process of death and dying of elderly patients in a hospital environment, and how their facing of death can be related to their medical training. This exploratory and descriptive study employed a qualitative research methodology involving semi-structured interviews with eleven doctors, who had graduated more than five years ago and were working in a large hospital in the interior of Rio Grande do Sul, Brazil. Using the content analysis technique first proposed by Bardin, and further developed by Minayo, five categories were established. The Only one of the categories, namely "Conversations about Academic Training", is addressed in this paper. The study reveals the concern of the medical professional regarding patient care and respect, demonstrating, however, the need for broader and deeper reflections on academic training, as it is found that, in the eyes of the professionals who graduated more than five years ago, death death and dying are not covered in the curriculum.