O confronto entre o filho imaginário e o filho real assume várias dimensões diante de um diagnóstico de malformação congênita e tende a repercutir intensamente no âmbito familiar. Por isso, os profissionais de saúde devem interagir de forma adequada visando à detecção de problemas e à intervenção precoce. O que torna indispensável à reflexão sobre a vivência dos pais de uma criança malformada, objeto de estudo desta investigação, que teve como objetivos conhecer a vivência dos pais referente o nascimento de uma criança portadora de malformação congênita; identificar os processos emocionais desencadeados nos pais após o diagnóstico de malformação congênita. Esta pesquisa de abordagem qualitativa foi realizada na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um hospital filantrópico de Juiz de Fora, sendo os sujeitos do estudo oito pais de crianças nascidas com malformação congênita, internados na referida unidade nos meses de setembro a novembro de 2008. Os relatos mostraram que é grande o impacto emocional da notÃcia de malformação congênita, o que desencadeia reações diversas nos pais, configurando-se como uma vivência marcante para todos os membros da famÃlia. Por fim, o estudo mostrou-se elucidativo, apontando a necessidade dos profissionais de saúde estarem capacitados para intervir adequadamente nos casos de malformação congênita, bem como a necessidade de pesquisas de enfermagem sobre este tema, a fim de instrumentalizar o enfermeiro para o cuidado e ampliar o corpo de conhecimento da área de enfermagem.