O presente trabalho objetiva compartilhar a experiência realizada a partir do projeto de extensão Brincandocomminha família em casa: entre culturas, tempos, memória e reciclagem, especificamente com a vivência de oficinas culturais indígenas e africanas, desenvolvidas em formato remoto com famílias e crianças da comunidade escolar interna e externa ao CAp-UFAC. Para a fundamentação utilizou-se as contribuições de Alves e Ghiggi (2012), Cordazzo e Vieira (2007), Glissant (2005), Cunha (2016), dentre outros, que discorrem teoricamente sobre o desenvolvimento infantil em suas várias dimensões a partir do ato de brincar, considerando especialmente a questão diversidade étnico-cultural como elemento a ser trabalhado sob a perspectiva lúdica, enquanto forma de valoração das diferenças culturais que conformam a cultura brasileira. Os participantes do projeto puderam vivenciar oficinas em formato síncrono e assíncrono com a colaboração de indígenas e não indígenas, pesquisadores e profissionais de diversas áreas. Durante as vivências com as oficinas culturais, familiares e crianças puderam ser protagonistas no processode apreensão do mundo e das culturas compósitas que formam a cultura brasileira. Nesse processo de vivência, a alteridade e a intervalorização foram elementos precípuos para a interação e participação nas brincadeiras.
Thepresent work aims to share the experience carried out from the extension project Playing with my family at home: between cultures, times, memory and recycling, specifically with the experience of indigenous and African cultural workshops, developed in remote format with families and children from school community inside and outside the Cap-UFAC. For the reasoning, the contributions of Alves and Ghiggi (2012), Cordazzo and Vieira (2007), Glissant (2005), Cunha (2016), among others, which theoretically discuss child development in its various dimensions from the act of playing, especially considering the issue of ethnic-cultural diversity as an element to be worked under the ludic perspective, as a way of valuing cultural differences that make up Brazilian culture. Project participants were able to experience synchronous and asynchronous workshops with the collaboration of indigenous and non-indigenous people, researchers and professionals from different areas. During the experiences with the cultural workshops, family members and children were able to be protagonists in the process of apprehending the world and the composite cultures that make up Brazilian culture. In this process of living, alterity and intervalization were key elements for interaction and participation in games.
