Este trabalho tem por objetivo refletir sobre o ser quilombola na perspectiva dos moradores da comunidade Quartel do Indaiá, no município de Diamantina/MG. A proposta é pensar as vivências e resistências desse povo, seus desafios e singularidades, destacando sua identidade e territorialidade. Em um primeiro momento, é feita uma leitura do ser quilombola através da revisão transversal dos conceitos de território - e suas derivações - e identidade social. Depois, a proposta é pensar a comunidade de Quartel do Indaiá à luz das reflexões teóricas estabelecidas. O método de pesquisa utilizado para a composição deste ensaio foi o levantamento bibliográfico, a observação participante, os diálogos informais com moradores e a entrevista em profundidade com uma liderança comunitária, realizados no mês de outubro de 2017. De maneira geral, este é um texto que se almeja antropológico, no sentido de permitir o envolvimento com o objeto de análise de forma mais intensa, que será a base para a busca da compreensão da complexa teia de significados - em uma perspectiva Geertziana - que envolve a identidade e a territorialidade quilombola atualmente, através da análise empírica da comunidade Quartel do Indaiá.