O presente artigo tem como objetivo abordar o contexto de uma comunidade terapêutica, suas práticas, limitações e vivências dos usuários de álcool e drogas dentro desse espaço de confinamento, fazendo também uma discussão entre a abordagem da abstinência, vigente na instituição, e a política de redução de danos. As problematizações aqui feitas emergem a partir da experiência vivenciada através de práticas de Psicologia Social que se realizaram na comunidade terapêutica de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Conclui-se que o discurso moral, proveniente tanto da estrutura e da rotina do local quanto das políticas de tolerância zero, produz efeitos nos sujeitos internados. Ademais, a caracterização das comunidades terapêuticas concerne a intervenções que buscam uma espécie de cura pela fé, e não um projeto engajado com um tratamento profissional em saúde para os usuário.
This article aims to describe the context of a therapeutic community, its practices, limitations and the experiences of users of alcohol and drugs within that internment space, we also discuss the existing approach of abstinence at the institution, and harm reduction policy. The problematizations are made in the Social Psychology practices field , which took place in a therapeutic community located in a small countryside city in Rio Grande do Sul, Brazil. We conclude that the moral speeches, from the structure and routine of that place as also the zero-tolerance policies, produce effects in subjects confined. Moreover, the characterization of therapeutic communities concerns interventions that seek a kind of healing by faith, and not a project engaged with a health professional treatment for addicted people.
Este artículo tiene como objetivo abordar el contexto de una comunidad terapéutica, sus prácticas, las limitaciones y las experiencias de los usuarios de alcohol y drogas dentro de ese espacio de reclusión, haciendo también una discusión entre el enfoque de la abstinencia, que prevalece en la institución, y la política de reducción daños. Las problematizaciones hechas aquí emergen de la experiencia vivida a través de prácticas de Psicología Social, celebrada en la comunidad terapéutica en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, Brasil. Llegamos a la conclusión de que el discurso moral, tanto de la estructura y la rutina del lugar como las políticas de tolerancia cero, produce efectos en sujetos internados. Por otra parte, la caracterización de las comunidades terapéuticas se refiere a las intervenciones que buscan una especie de curación por la fe, y no un proyecto comprometido con un tratamiento profesional de la salud para los usuarios.