Nos dias atuais presenciamos um distanciamento cada vez maior entre o ser humano e a natureza que, na seqüência, se materializa nas diferentes práticas de degradação do planeta. No entanto, em seu cotidiano as pessoas convivem com inúmeras sensações e estímulos provocados por suas relações com o ambiente. A experiência é, nesse sentido, vital para que as pessoas possam estabelecer qualquer forma de relacionamento ou de interpretação do meio em que vivem. Dessa forma, a percepção ambiental acaba por estabelecer os vínculos afetivos do indivíduo com o ambiente vivido através das imagens percebidas e seus significados, as sensações, as impressões e os laços afetivos aí construídos. Neste artigo, a partir de uma abordagem da educação ambiental sob a perspectiva crítica, emancipatória e libertadora, é discutida uma pedagogia centrada no resgate das relações entre o ser humano e a natureza, através de práticas e vivências que estimulam os sentidos, buscando novas formas de convívio com o ambiente e reelaborando o pensar e o agir humanos. Acredita-se que o ambiente escolar, como um dos espaços de formação do indivíduo, deve estreitar as relações ser humano-natureza, promovendo a materialização dessas práticas no cotidiano.
We have witnessed an increasingly wider gab between the human being and nature lately. It leads to different practices which degrade the planet, even thought, in their everyday lives, people go through innumerable sensations and stimuli which are provoked by their relations with the environment. In this sense, experience is vital so that people can establish any kind of relationship with or interpretation of the environment they live in. Thus, environmental perception ends up establishing affective ties between an individual and the environment through perceived images and their meanings, sensations, and impressions. This paper address Environmental Education from a critical and emancipatory perspective and discusses a pedagogy which is centered in the rescue of relationship between a human being and nature through practices and experiences that stimulate senses, search for new ways to relate to the environment, and re-elaborate human thinking and acting. The school environment is understood as a space to form an individual and, thus, must bridge the human being/nature gap regarding relationships by promoting the application of these practices in everyday life.