A VOZ DE UMA LIDERANÇA INDÍGENA FEMININA SOBRE A QUESTÃO DE GÊNERO – UMA OPORTUNIDADE DE ESCUTA E REFLEXÃO PARA A PESQUISA ETNOBIOLÓGICA

Ethnoscientia

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ISSN: 2448-1998
Editor Chefe: Gustavo Goulart Moreira Moura
Início Publicação: 04/03/2016
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Biologia geral, Área de Estudo: Botânica, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Recursos Pesqueiros e Engenharia da Pesca, Área de Estudo: Recursos pesqueiros e engenharia de pesca, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A VOZ DE UMA LIDERANÇA INDÍGENA FEMININA SOBRE A QUESTÃO DE GÊNERO – UMA OPORTUNIDADE DE ESCUTA E REFLEXÃO PARA A PESQUISA ETNOBIOLÓGICA

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: Especial
Autores: Sofia Zank, Kerexu Yxapary
Autor Correspondente: Sofia Zank | [email protected]

Palavras-chave: etnobiologia; povos indígenas; mbyá-guarani; mulher indígena; feminino

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nesta entrevista, propicio um espaço de fala para o povo Guarani em relação à questão de gênero, através da liderança indígena Kerexu Yxapyry. Reconheço que os povos indígenas possuem muitos ensinamentos e que precisamos, enquanto sociedade, escutá-los para que seja possível o real estabelecimento de sociedades mais igualitárias, com equidade de gênero e respeito à diversidade biocultural. Kerexu foi a primeira Cacica Guarani reconhecida no Brasil.É mãe, professora, gestora ambiental pela UFSC, liderança da Terra Indígena Morro dos Cavalos (Palhoça, SC). Atualmente, faz parte da coordenação da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) e da coordenação executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Durante a entrevista, foram abordadas perguntas norteadoras sobre os seguintes assuntos: (a) visão do povo Guarani sobre gênero; (b) o papel das mulheres na conservação da biodiversidade; (c) discussões sobre gênero no âmbito indígena; (e) recomendações para a pesquisa científica. Kerexu relatou os desafios que enfrentou ao ser uma liderança indígena feminina e compartilhou a visão de gênero do povo Mbyá Guarani que se sustenta na parceria e na complementaridade entre o feminino e masculino. Suas palavras nos trazem um sopro de esperança de como estabelecer relações mais simétricas e com maior equidade nas sociedades humanas.