Este artigo discute a presença de pessoas de origem indígena e afrodiaspórica nos relatos dos viajantes Maximilian Alexander Wied-Neuwied e Robert Avé-Lallemant, que estiveram em Canavieiras-BA no século XIX. Além disso, apresenta uma análise da obra literária Fruta do Mato (1920), de Afrânio Peixoto, que teve como cenário o lugar supracitado. Problematiza a História local, escrita pelo memorialista Alcides Costa entre os anos de 1960 e 1970, que, por sua vez, teve como fontes de pesquisa os trabalhos de WiedNeuwied, Avé-Lallemant e Peixoto, mas acabou por minimizar, quando não silenciar, as experiências de vida das pessoas comuns. Conclui que a História oficializada de Canavieiras-BA não reflete a pluralidade de sua sociedade e, por isso, precisa ser revisitada através de perspectivas historiográficas críticas.
This article discusses the presence of people of indigenous and aphrodiasporic origin in the accounts of travelers Maximilian Alexander WiedNeuwied and Robert Avé-Lallemant who were in Canavieiras-BA in the XIX century. In addition, we analyzed the literary work Fruta do Mato (1920), by Afrânio Peixoto, which took place in the aforementioned place. We problematiza the local History written by the memorialist Alcides Costa between the years 1960 and 1971, which, in turn, presents the Works of Wied- Neuwied, Avé-Lallemant and Peixoto as sources of research, but minimizes, when it does not silence, life experiences of ordinary people. It was concluded that the History of Canavieiras-BA does not reflect the plurality of its society, and, therefore, it needs to be revised through critical hisroriographic perspectives.