O artigo tem como objeto a análise de poemas do livro A proclamação da vulgaridade ou quantos furos uma calcinha pode ter?, da poeta, roteirista e dramaturga Mila Teixeira, publicado pela editora Urutau, em 2021. A partir da noção de crueldade em Artaud, o texto busca uma aproximação com o anúncio da vulgaridade, proclamado pela escritora. Através do destaque de versos que sugerem a confluência entre vida e obra, a poesia é analisada pela perspectiva do trabalho em arte como prática de investigação do corpo e recriação das relações. Os relatos e imagens compartilhados pela autora são interpretados como situações cênicas que revelam a manifestação de um estado-poético-teatral em sua produção. Por fim, a escrita autoficcional é abordada como proposição para a expansão dos espaços de escuta e compartilhamento das experiências encarnadas.
This article focuses on the analysis of poems from the book A proclamação da vulgaridade ou quantos furos uma calcinha pode ter?, written by poet, screenwriter and playwriter Mila Teixeira, and published by Urutau in 2021. From the notion of cruelty in Artaud, the text seeks an approximation with the announcement of vulgarity, proclaimed by the writer. By highlighting verses that suggest the confluence between life and work of art, poetry is analyzed from the perspective of work in art as a practice of investigating the body and recreating relationships. The stories and images shared by the author are interpreted as scenic situations that reveal the manifestation of a poetic-theatrical state in her production. Finally, autofictional writing is approached as a proposition for the expansion of spaces for listening and sharing incarnated experiences.
El artículo tiene como objetivo analizar los poemas del libro A proclamação da vulgaridade ou quantos furos uma calcinha pode ter? de la poeta, guionista y dramaturga Mila Teixeira, publicado por Urutau, en 2021. Partiendo de la noción de crueldad en Artaud, el texto busca una aproximación al anuncio de vulgaridad, proclamado por la autora. Al resaltar los versos que sugieren la confluencia entre la vida y la obra, la poesía se analiza desde la perspectiva del trabajo en el arte como una práctica de investigación del cuerpo y recreación de relaciones. Los relatos e imágenes compartidos por la autora se interpretan como situaciones escénicas que revelan la manifestación de un estado poético-teatral en su producción. Finalmente, la escritura autoficcional se aborda como una propuesta de ampliación de espacios para escuchar y compartir experiencias encarnadas.