O trabalho no ambiente hospitalar torna os profissionais de saúde suscetíveis ao estresse ocupacional. Objetivou-se, neste estudo, comparar a vulnerabilidade ao estresse no trabalho e as estratégias de enfrentamento utilizadas por profissionais de saúde de um hospital universitário. Utilizou-se a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse (EVENT), a Escala Coping Ocupacional (ECO) e um Questionário Sociodemográfico e Ocupacional. A coleta deu-se por conveniência, de forma anônima, individual e coletivamente, nas dependências do hospital. Participaram 80 profissionais de saúde, subdivididos igualmente em dois grupos, empregados públicos e residentes multiprofissionais. Ambos os grupos apresentaram alta vulnerabilidade ao estresse, e as estratégias de enfrentamento mais utilizadas dirigiam-se à reavaliação cognitiva das situações estressoras, não sendo encontradas diferenças significativas intergrupo. Contudo verificou-se que profissionais mais jovens usam mais recorrentemente a fuga ou evitação de situações estressoras como estratégia de enfrentamento. Apesar do diferencial deste trabalho ter sido investigar residentes, recomendam-se estudos adicionais com este público pouco conhecido.