Diversos estudos hidrobiogeoquÃmicos têm sido realizados na Amazônia oriental para contribuir no entendimento sobre como as mudanças em ecossistemas florestais e agroecossistemas afetam a provisão de serviços ecossistêmicos. Os seus resultados demonstram que as boas práticas agrÃcolas e a presença da vegetação secundária favorecidas pelo manejo agrÃcola na agricultura familiar são fatores importantes para a ciclagem hidrobiogeoquÃmica, a conservação do ecossistema aquático, a conservação dos solos e a mitigação das emissões de gases traço oriundos da queima de biomassa em pequenas bacias amazônicas. Neste contexto dois desafios se apresentam para a gestão dos serviços hÃdricos. Primeiramente observa-se que a baixa densidade populacional e o relevo relativamente plano resultam que uma massa crÃtica de beneficiários a jusante de tais serviços - um prerequisito para a intervenção pública - torna-se de mais difÃcil sua identificação do que em áreas montanhosas mais densamente povoadas. Em segundo lugar, os provedores de serviços hÃdricos (produtores rurais) sejam em certa medida também beneficiários, os conflitos de terra e a heterogenidade cultural entre eles inibe uma ação coletiva local para salvaguardar a qualidade da água. A inclusão de agricultores familiares em arranjos para pagamento por carbono que compensem a manutenção da vegetação ripária parece ser uma solução financeira efetiva para assegurar os serviços hÃdricos como benefÃcios adicionais na mitigação das mudanças climáticas com base na conservação de florestas.
Several hydrobiogeochemical research activities have been conducted in the Eastern Amazon, contributing to the understanding of how changes in forests and agro-ecosystems affect the provision of services to ecosystems. The findings have demonstrated that good agricultural practices and the presence of natural secondary vegetation favored by the management of small family farms are important factors for hydrobiogeochemical cycling, aquatic ecosystem conservation, soil conservation, and mitigation of trace gases emissions from biomass burning in Amazonian small catchments. Two challenges for watershed service management arise in this context. First, low population densities and the relatively flat landscape mean that a critical mass of downstream beneficiaries of such services - a prerequisite for public intervention is more difficult to identify than in more densely populated mountainous areas. Second, although watershed service providers (farmers) are also to a considerable extent service beneficiaries, conflicts over land and cultural heterogeneities among settlers inhibit local collective action to safeguard the quality of stream water. Including small landholders in carbon payment schemes that compensate for the maintenance of riverbank vegetation would appear to be a cost-effective means to secure watershed services as additional benefits of forest-based mitigation of climate change.