Há no mÃnimo três razões para o sucesso de muitas economias em transição na condução de
polÃticas tão diferentes de liberalização econômica radical (terapia de choque), à qual normalmente
se atribui o sucesso econômico dos paÃses centro-europeus.
Em primeiro lugar, polÃticas ótimas dependem do contexto, são especÃficas para cada estágio de
desenvolvimento, e não se pode esperar que o que funcionou na Eslovênia tenha igual efeito
na Mongólia. Em segundo lugar, até mesmo para paÃses em igual nÃvel de desenvolvimento, as
reformas necessárias para estimular o crescimento são diferentes: dependem da história anterior e
do caminho escolhido. A redução da despesa governamental como proporção do produto interno
bruto (PIB) não prejudicou significativamente a capacidade institucional do Estado na China, mas
na Rússia e em outros estados da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi um desastre. É o
diagnóstico do crescimento que deve revelar o ingrediente que falta para o crescimento econômico.
A introdução de tal “ingrediente que falta†não deve resultar na destruição de outras pré-condições
para o crescimento. A arte do formulador de polÃticas é criar mercados sem causar o fracasso do
governo, como aconteceu em muitos paÃses da CEI. Finalmente, em terceiro lugar, e mais importante,
existem trajetórias de desenvolvimento de longo prazo que dependem do caminho: uma vez que
o paÃs inicia uma determinada trajetória, à s vezes é melhor permanecer neste caminho porque os
custos da transição para uma trajetória aparentemente superior podem ser muito altos.
There are at least three reasons, why many transition economies succeeded by pursuing policies
that are so different from radical economic liberalization (shock therapy) that is normally credited
for the economic success of Central European countries.
First, optimal policies are context dependent, they are specific for each stage of development and
what worked in Slovenia cannot be expected to work in Mongolia. Second, even for countries at
the same level of development, reforms needed to stimulate growth are different; they depend on
the previous history and on the path chosen. The reduction of government expenditure as a share
of GDP did not undermine significantly the institutional capacity of the state in China, but in Russia
and other CIS states it turned out to be ruinous. It is the growth diagnostics that should reveal the
missing ingredient for economic growth. Introducing this “missing ingredient†should not result in
the destruction of other pre-conditions for growth. The art of the policymaker is to create markets
without causing the government failure, like it happened in many CIS countries. Finally, third, and
most important, there are long term trajectories of development that are path dependent: once the
country gets on a particular trajectory, it is sometimes better to stay on track because the costs of
transition to a seemingly superior trajectory may be prohibitively high.