Este trabalho objetiva analisar a evolução da implantação da polÃtica de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, num contexto de pólo regional. Utiliza o municÃpio de Uberlândia como referência. Percebe-se que as legislações urbanÃsticas são alteradas constantemente no sentido de se adequar à s necessidades do municÃpio, permitido aos gestores efetivar o ordenamento e a organização da cidade, possibilitando alcançar o objetivo de promover a função social da cidade e da propriedade urbana. Entretanto, muitas vezes a legislação é utilizada visando favorecer a interesses de investidores privados. Faz-se uma revisão da legislação alusiva ao zoneamento, principalmente após o ano de 2.000. Constata-se que o ritmo do crescimento econômico, passa a exigir o re-ordenamento permanente dos espaços e a reformulação do sistema urbano visando atender à expansão demográfica. Conclui-se que a delimitação do zoneamento deve ser bastante criteriosa, pois se, de um lado, sub-dimensiona a oferta de solo urbano, favorece a valorização imobiliária devido ao aumento de preço da terra, dificultando a implantação de polÃtica habitacional. Por outro lado, o super-dimensionamento pode produzir uma urbanização com baixa densidade, facilitando a criação de vazios urbanos, aumentar os custos de implementação da rede de serviços e equipamentos urbanos e também estimular a especulação imobiliária, pois mantêm em seu poder, extensas áreas a espera de valorização. O presente artigo baseia-se em pesquisa literária de artigos e outras literaturas especializadas, na legislação urbanÃstica local e federal, bem como em informações municipais colhidas junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica - IBGE e em entrevistas semi-estruturadas junto à Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU). Quanto ao método, esta pesquisa classifica-se como descritiva quanto aos seus objetivos, sendo um estudo de caso quanto aos procedimentos de coleta de dados e uma pesquisa de campo quanto à s fontes de dados.