A hospitalização pode se configurar como um evento estressante e traumático para a criança, sendo o
brincar um comportamento frequentemente observado, agindo de forma terapêutica na hospitalização. Esta
pesquisa teve como objetivo analisar o brincar de crianças internadas em um hospital de alta complexidade
evidenciando as relações de gênero presentes na escolha dos brinquedos e brincadeiras. Como sujeitos da
pesquisa foram selecionados 4 meninas e 2 meninos cuja observação ocorreu utilizando um protocolo
especÃfico e um diário de campo. Feita a coleta e análise de dados observei que os meninos utilizavam mais
brincadeiras de regras enquanto as meninas interagiam com atividades relacionadas ao espaço doméstico.
Em relação à interação entre eles percebi que as meninas passaram muito mais tempo solitárias
comparando aos meninos. Quanto ao tipo do brinquedo, meninos se mostraram mais dispostos a utilizar o
brinquedo cognitivo, enquanto as meninas permearam por todos os tipos de brinquedo.