Já faz algum tempo que a questão da administração e gestão das instituições de ensino superior fazem parte da pauta de um sem número de eventos e discussões acadêmicas. Neste sentido, no presente texto buscamos pensar essas duas categorias como campos semânticos diversos, mas não excludentes entre si, onde buscamos estabelecer algumas distinções entre aquilo que normalmente compete a administração pública, essa entendida como uma atividade ad tempore, e aquilo que diz respeito a gestão pública, essa, entendida como uma atividade pro tempore. Sobretudo, o que buscamos mostrar no decorrer do texto é que a tão anunciada ideia de autonomia universitária que, em tese, daria a universidade a liberdade de gerir-se como entidade autônoma não passa de um “prelado†constitucional que inexiste na prática em função de certo conjunto de mecanismos de controle construÃdos e impostos pela polÃtica neoliberal que engessam tanto a administração pública quanto a gestão das universidades.
For some time now the issue regarding administration and management of higher education institutions has been part of the agenda of a number of academic events and discussions. In this sense, in the present essay we try to think of these two categories as diverse, but not mutually exclusive, semantic fields, seeking to establish some distinctions between what normally corresponds to public administration, understood as an ad tempore activity, and what concerns public management, which is understood as a pro tempore activity. Mostly, what we have tried
to show throughout the text is that the much-vaunted idea of university autonomy which, in theory, would give the university the freedom to manage itself as an autonomous entity is nothing more than a constitutional “prelate†that does not exist in practice due to a set of control mechanisms built and imposed by neoliberal politics
that halt both the public administration and the management of universities.