O presente artigo constitui uma (outra) tentativa de resposta à questão acerca da utilidade da Filosofia,
mormente quando mantenho no meu horizonte de reflexão a forçada profissionalização que ela vem sofrendo e que acaba por deslocar, no meu entender, a sua vocação primeira como sabedoria de vida. Procuro, assim, reiterar o conceito de “viver filosoficamente†a partir de uma leitura dos exercÃcios espirituais como foram elaborados pelos filósofos estoicos, sobretudo Sêneca. Para tanto, enfatizo a necessidade de resgatarmos a ideia do “aprender a filosofar†como o verdadeiro caminho para o aprender a viver, como nos ensinaram os pensadores que deram origem à ocupação filosófica em seu sentido amplo. Assim, destaco a indissociável relação entre “filosofar†e “viver a vidaâ€, como procuro discutir adiante.