As finanças públicas lidam com as questões mais essenciais para a sociedade como um todo. Decidir como gastar as receitas públicas também deve envolver uma deliberação racional, pois o orçamento possui relevante impacto econômico, jurÃdico e social. Este artigo investiga o verdadeiro papel da prognose orçamentária, concluindo-se que modelos a priori de orçamentos podem enfraquecer a Constituição financeira. Ainda, aponta-se um caminho que realce a função estabilizadora do orçamento, uma tendência moderna e mundial, e também sua função de promoção de direitos fundamentais. A análise comparativa do desenho institucional do orçamento e das finanças públicas brasileiro com o alemão, assim como, marginalmente, com o de outros paÃses, acaba por revelar que democracia, devido processo orçamentário e federalismo são três critérios constitucionais para se estabelecer o verdadeiro papel da prognose orçamentária no Brasil.