O presente artigo objetiva analisar o significado dado ao objeto de estudo geométrico por um aluno com SÃndrome de Asperger (SA), a partir de aplicação de uma proposta pedagógica que valorizou o desenvolvimento de atividades no Laboratório de Matemática Escolar
(LME). Tem como problemática duas perguntas: (1) Quais são as mediações desenvolvidas por um professor de Matemática para um aluno com SA quando envolvido em atividades de geometria plana em um LME? (2) Quais são os atos mediadores que emergem em atividades coletivas de aprendizagem geométrica quando um aluno com SA está envolvido? A abordagem investigativa é qualitativa, e o método utilizado foi o estudo de caso. Os procedimentos e recursos metodológicos adotados na pesquisa envolveram registros de oficinas de aprendizagem desenvolvidas com o sujeito da investigação, entrevistas, diálogos e análise documental. Os pressupostos teóricos que a nortearam a pesquisa fundamentaram-se na Teoria Histórico-Cultural. Os resultados mostraram que o uso de instrumentos psicológicos do LME e signos em atividades individualizadas e coletivas propiciaram atos mediadores que potencializaram a abstração e a identificação de propriedades geométricas de forma generalizada.