Maniçoba – Identidade cultural e memória presente e ausente na cidade de Cachoeira-BA

Revista Eletrônica Ventilando Acervos

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ISSN: 23186062
Editor Chefe: Rafael Muniz de Moura
Início Publicação: 31/10/2013
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Museologia

Maniçoba – Identidade cultural e memória presente e ausente na cidade de Cachoeira-BA

Ano: 2017 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: SANTOS, G. F.
Autor Correspondente: SANTOS, G. F. | [email protected]

Palavras-chave: Maniçoba, Manifestação cultural, Museus, Memória ausente

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Repleta de simbolismos, a alimentação transcende a necessidade de matar a fome. Entre aromas, sabores, texturas, cores e combinações de ingredientes que remetem à memória, está historicamente ligada a cultura de cada lugar e revela aspectos das suas identidades culturais. A Maniçoba também é assim: uma comida que ultrapassou os limites da mesa e se tornou uma manifestação da cultura de Cachoeira, cidade situada no recôncavo baiano. Praticada ao longo de muitas décadas e bastante difundida entre as moradoras e moradores da cidade, apesar disso e de ter atingido certa fama nacional, ainda não está devidamente registrada pelos museus e nem pelo Estado. A partir de autores como Girlene Chagas Bulhões (2016), Marcelle Pereira (2015) e Mário Chagas (2013) este artigo visa, problematizar a ausência dessa prática cultural reveladora de traços da identidade da comunidade cachoeirana nos espaços museais baianos e tem como finalidades dar voz aos protagonistas dessa cultura: a massa dos homens e
mulheres, que formam “a massa que amassa a mandioca” da maniçoba; e deixar registrado esse legado para as novas gerações.



Resumo Inglês:

Full of symbolism, food transcends the need to kill hunger. Among aromas, flavors, textures, colors and combinations of ingredients that recall memory, it is historically linked to the culture of each place and reveals aspects of its cultural identities. The Maniçoba is also like this: a food which has exceeded the limits of the table. It has become Cachoeira's cultural manifestation, a historical town located in Bahia State's Recôncavo region. In spite of having been practiced over many decades and widely disseminated among the town's residents and achieved a certain national fame, the famous dish is not duly registered neither by the museums nor by the State. From the authors such as Girlene Chagas Bulhões (2016), Marcelle Pereira (2015) and Mário Chagas (2013), this article has the aim of problematizing the absence of this cultural practice which reveals traces of identity of Cachoiera's community within Bahia State's museum spaces and has the aim of giving voice to the protagonists of this culture: men and women's mass, who form "the mass that kneads the cassava" of the maniçoba, leaving this legacy registered for the new generations.