FILOSOFAR ACADÊMICO E PENSAMENTO INSURGENTE : (DIS-PENSANDO A FILOSOFIA A PARTIR DE OSWALD DE ANDRADE E RAUL SEIXAS)

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

FILOSOFAR ACADÊMICO E PENSAMENTO INSURGENTE : (DIS-PENSANDO A FILOSOFIA A PARTIR DE OSWALD DE ANDRADE E RAUL SEIXAS)

Ano: 2017 | Volume: 0 | Número: 35
Autores: J. Cabrera
Autor Correspondente: J. Cabrera | [email protected]

Palavras-chave: Filosofar Acadêmico; Pensamento Insurgente; Oswald de Andrade; Raul Seixas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Dentro de uma série de convicções básicas do atual filosofar acadêmico destacam-se duas características: a exigência de exaustividade e a exigência de frieza vital, que determinam que os trabalhos filosóficos sejam feitos com pleno conhecimento de fontes e de maneira objetiva e impessoal. O texto traz à tona dois escritores brasileiros que contestam essas exigências: Oswald de Andrade enfrenta a exigência de exaustividade com a sua ideia da antropofagia, e Raul Seixas a exigência de frieza vital através de um pensamento vivido na música e assumido na própria vida e morte. O texto defende que estas duas atitudes enfrentam uma situação atual de indústria cultural filosófica, numa tecnologia do paper erudito e sem autoralidade. Pensar contra essa tendência é um modo de dispensar o pensamento europeu, visto hoje não como modelo a seguir, mas como mero objeto de estudo.



Resumo Inglês:

Two features in the present academic philosophical practice are exhaustiveness and impersonality, demanding full knowledge of sources and anonymous styles of expositions. Two Brazilian writers challenge these academic demands: Oswald de Andrade faces the demand of exhaustiveness with his idea of anthropophagy; Raul Seixas does the same regarding the demand of impersonality, through the exercise of a philosophy intensely lived in a way of making music, living and dying. This article maintains that these two insurgent attitudes challenge a present situation of “philosophical cultural industry” centered upon the production of papers erudite and without existential involvement. Thinking against this hegemonic tendency means beginning to take European philosophy as a model for doing philosophy instead of a mere object for scholarly analysis.