O estudo apresenta reflexões sobre o movimento das ocupações das escolas secundaristas do Rio Grande do Sul (RS), com o objetivo de caracterizá-lo enquanto objeto semiótico. Essa proposta vincula-se ao entendimento dessa mobilização como fenômeno cultural, e enquanto tal, será guiada à luz dos conceitos da Semiótica da Cultura. Para tanto, foi realizada a ida a campo, inspirada na observação etnográfica, e guiada por categorias em busca de traços culturais na ocupação da Escola Estadual Padre Réus, em Porto Alegre. Além disso, realizou-se o rastreio em meio ao campo da pesquisa documental em relatos dispersos nas redes sociais e fontes como imprensa e mídias ativistas fora dos espaços tradicionais. Nesta articulação, destacam-se as potencialidades das semioses das ocupações ao colocarem em prática novos processos e linguagens de resistência e invenção, operando nas fronteiras do conceito de horizontalidade e avançando de forma efetiva na reconfiguração de possibilidades de novas formações comunicacionais.