Pretende-se nesse artigo acompanhar a proposta inicial de Judith Butler em Problemas de Gênero, de que o gênero não é uma essência nem uma construção social, mas uma produção do poder. Tomando o feminismo como mote para discutir inicialmente a identidade, vemos sua questão se expandir para o gênero, em geral, e chegar à própria noção de sujeito. A partir da crítica genealógica de Michel Foucault e de sua noção de poder, Butler pretende realizar uma crítica das categorias de identidade e, especificamente, da identidade enquanto fundamento da ação política do feminismo.
This article intends to follow the initial proposal of Judith Butler in Gender Trouble, that gender is not either an essence or a social construct, but a production of power. Taking feminism as a theme to initially discuss the identity, we see her question to expand to genre in general and get to the notion of subject. From the genealogical critique of Michel Foucault and his notion of power, Butler intends to perform a critique of identity categories and ,specifically, identity as the basis of feminist political action.