Na Amazônia brasileira existem poucos estudos de determinação da prevalência de parasitoses intestinais, principalmente no que tange a suas populações pediátricas ribeirinhas. Por essa razão, foi realizado um inquérito coproparasitológico em uma amostra de 200 crianças de comunidades ribeirinhas do Município de Coari, no médio Solimões, Estado do Amazonas, Brasil. Os resultados do estudo evidenciam uma prevalência de 83% de positividade, sendo o quadro de monoparasitismo pela espécie Ascaris lumbricoides o mais frequente. Entre os fatores socioambientais relacionados à infecção enteroparasitária, as variáveis renda familiar e origem da água apresentaram significância estatística (p < 0.05 para renda familiar), sugerindo que a elevada prevalência pode estar associada às más condições econômicas e sanitárias em que vivem as populações ribeirinhas da Região Amazônica. Conclui-se que o alto índice de parasitoses intestinais nesta população pediátrica, que se alia às precárias condições de saneamento básico e a determinados hábitos inapropriados constitui um quadro preocupante em saúde pública.
Few studies have determined the prevalence of intestinal parasites along rivers in the Brazilian Amazon, especially in pediatric populations. Therefore, we conducted a coproparasitological survey of a group of 200 children in riverine communities in Coari, on the Middle Solimoes River, in the Amazonas State, Brazil. The results of the study show an 83% prevalence of infection, in which parasitism by the species Ascaris lumbricoides was the most common. The socio-environmental factors related to intestinal parasitic infection that were statistically significant include household income and water source variables (p < 0.05 for family income), which suggests increased prevalence may be related to the poor economic and sanitary conditions in these riverine communities. We conclude that the high rate of intestinal parasites in this pediatric population, which is associated with poor basic sanitary conditions and certain inappropriate habits, represents a troubling situation in public health.
En la Amazonia brasileña existen pocos estudios de determinación de la prevalencia de parasitosis intestinales, principalmente en lo que respecta a sus poblaciones pediátricas ribereñas. Por ese motivo, se realizó un análisis coproparasitario en una muestra de 200 niños de comunidades ribereñas del Municipio de Coari, en el medio Solimóes, Estado de Amazonas, Brasil. Los resultados del estudio evidencian una prevalencia positiva del 83% , siendo más frecuente el cuadro de monoparasitismo por la especie Ascaris lumbricoides. Entre los factores socio ambientales relacionados a la infección enteroparasitaria, las variables renta familiar y origen del agua presentaron significado estadístico (p < 0.05 para renta familiar), sugiriendo que la elevada prevalencia puede estar asociada a las malas condiciones económicas y sanitarias en las que viven las poblaciones ribereñas de la Región Amazónica. Se concluye que el alto Índice de parasitosis intestinal en esta población pediátrica, que se alia a las precarias condiciones de saneamiento básico y a determinados hábitos no adecuados, constituye un cuadro preocupante en salud pública.