A imunidade de equinos (n = 1401) contra o vírus da Encefalite de Saint Louis (SLEV) foi investigada na Amazônia brasileira (Bragança e Salvaterra/PA, Macapá/AP e Rio Branco/AC) e Maracaju, no Estado do Mato Grosso do Sul, por meio de testes de inibição da hemaglutinação (IH) e neutralização por redução de placas (PRNT). Foram detectados anticorpos IH e neutralizantes específicos (reações monotípicas – RM) para SLEV e outros flavivírus incluídos nos testes, assim como reações cruzadas para flavivírus. Pelo teste de IH, reações monotípicas foram observadas em 248 (17,7%) amostras de soro, 137 (55,2%) para SLEV, e reações cruzadas foram detectadas em 380 (27,1%). A frequência de reações monotípicas para SLEV e para reações cruzadas foi significativamente maior em Macapá e Salvaterra, respectivamente. Pelo PRNT, foi observada a neutralização de SLEV em 713 (50,9%) amostras, e a prevalência de anticorpos neutralizantes foi significativamente maior em Macapá, em comparação com Salvaterra (p = 0,0083). Este estudo traz novos dados a respeito da imunidade de equinos contra SLEV no Brasil, e confirma a ampla distribuição de SLEV e a diversidade de flavivírus no País, bem como a aparente ausência de doenças em equinos infectados por SLEV.
The immunity of horses (n = 1401) against Saint Louis encephalitis virus (SLEV) was investigated in the Brazilian Amazon region (Bragança and Salvaterra / Pará, Macapá / Amapá and Rio Branco / Acre) and Maracaju, State of Mato Grosso do Sul, by the hemagglutination inhibition (HI) and plaque reduction neutralization (PRNT) tests. HI and neutralizing antibodies specific (monotypic reactivity, MR) for SLEV and other flaviviruses included in the tests were detected, as was cross-reactivity (CR) against flaviviruses. In the HI test, MR was observed in 248 (17.7%) serum samples, 137 of which were (55.2%) against SLEV; CR was detected in 380 (27.1%). The frequency of MR against SLEV was significantly higher in Macapá and CR was significantly higher in Salvaterra. In the PRNT, neutralization of SLEV was observed in 713 (50.9%) samples, and the prevalence of neutralizing antibodies was significantly higher in Macapá than in Salvaterra (p = 0.0083). This study adds new data regarding the immunity of horses against SLEV in Brazil, and it confirms the wide distribution of SLEV and the diversity of flaviviruses in the country, as well as the apparent absence of disease in SLEV-infected horses.
La inmunidad de los equinos (n = 1401) contra el virus de la encefalitis de Saint Louis (VESL) fue investigado en la Amazonia brasileña (Bragança/Pará, Salvaterra/Pará, Macapá/Amapá y Rio Branco/Acre) y Maracaju en el Estado de Mato Grosso do Sul, a través de pruebas de inhibición de la hemaglutinación (IH) y la neutralización por reducción de placas (PRNT). Se detectaron anticuerpos IH y neutralizantes específicos (reacciones monotípicas, RM) para VESL y otros flavivirus incluidos en las pruebas, así como reacciones cruzadas (RC) para flavivirus. En la prueba de IH se observaron RM en 248 (17,7%) muestras de suero, 137 (55,2%) para VESL, y las RC fueron detectadas en 380 (27,1%). La frecuencia de RM del VESL y la RC fue significativamente mayor en Macapá y Salvaterra, respectivamente. Por el PRNT, se observó la neutralización del VESL en 713 (50,9%) muestras, y la prevalencia de anticuerpos neutralizantes fue significativamente mayor en Macapá, si se compara con Salvaterra (p = 0,0083). Este estudio proporciona nuevos datos sobre la inmunidad de los equinos frente al VESL en Brasil, y confirma la amplia distribución del VESL y la diversidad de flavivirus en este país, así como la aparente ausencia de enfermedad en los equinos infectados por el VESL.