Variabilidade climática no Agreste de Pernambuco e os desastres decorrentes dos extremos climáticos

Journal of Environmental Analysis and Progress

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ISSN: 2525-815X
Editor Chefe: Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel
Início Publicação: 30/09/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Variabilidade climática no Agreste de Pernambuco e os desastres decorrentes dos extremos climáticos

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 4
Autores: M. L. T. Pereira, M. P. A. Soares, E. A. Silva, A. A. de A. Montenegro, W. M. de Souza
Autor Correspondente: W. M. de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Precipitação pluviométrica, seca, tendência climática

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As mudanças climáticas já são uma realidade para a população mundial e as evidências fazem parte do dia a dia, com ameaças à infraestrutura das cidades, diminuição da produtividade nas lavouras, alterações nos rios e oceanos. O objetivo deste trabalho é classificar padrões climáticos na região central do Agreste de Pernambuco através do Índice de Anomalia de Chuva (IAC), visando caracterizar a severidade dos anos secos e chuvosos e analisar os desastres decorrentes das variabilidades climáticas. Foram selecionadas 14 estações pluviométricas distribuídas no Agreste Central no período de 1963 a 2013. Calculou-se o IAC anual e do período úmido. Foi realizado o levantamento dos dados oficiais dos desastres associados aos extremos climáticos (secas e enchentes) dos 14 municípios estudados no período de 1963 a 2013, através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) do Ministério da Integração. Os resultados indicaram que o período úmido corresponde aos meses de fevereiro a julho, sendo o período seco de agosto a janeiro. Através do IAC diagnosticou-se uma mudança no padrão da precipitação, evidenciando que até o final da década de 80 havia uma frequência maior dos anos úmidos, e que a partir da década de 90 houve uma diminuição significativa desses anos, ou seja, os anos secos passaram a predominar na região. Nos anos classificados como mais secos, foram emitidos documentos oficiais decretando estado de calamidade pública e/ou emergência, ocasionado pela seca e/ou estiagem, com impactos sociais e grandes prejuízos à agricultura e pecuária, todavia, também comprometendo o abastecimento humano e animal.