Manguezais são ecossistemas costeiros e embora os principais fatores de degradação dos manguezais sejam bem conhecidos e documentados, poucos registros tratam da ocorrência de pragas que atacam a vegetação de mangue. As lagartas Brassolis sp. ao colonizarem plantas do mangue, provocam desfolhamento, podendo restar apenas as nervuras centrais dos folíolos e a ráquis de cada folha. Dessa forma, objetivou-se verificar a ocorrência de Brassolis sp. em manguezais à margem do estuário do Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Realizou-se uma amostragem, aleatória, mínima de 10% do total das espécies de mangue Avicennia germinans, Avicennia schaueriana, Laguncalaria racemosa e Rhyzophora mangle, por dois anos em que foram coletadas pupas, lagartas e mariposas para posterior identificação. Posteriormente, aplicou-se uma solução teste alternativa aos defensivos agrícolas que foi pulverizada nas espécies de mangue infestadas uma vez por semana (durante 4 semanas) após o período de coleta de cada ano, observou-se então a presença ou ausência dos estágios larval, pupa e mariposa, bem como seu comportamento. Os insetos Brassolis sp. atacam e infestam as espécies de mangue Avicennia germinans, Avicennia schaueriana e Rhyzophora mangle, não havendo indícios de que possam infestar a espécie Laguncalaria racemosa. A solução testada como controle da infestação por insetos Brassolis sp. provoca letargia das lagartas e morte de pupas e mariposas após 4 semanas de uso, no entanto sua aplicação em períodos de proliferação desses insetos (período das chuvas) se faz necessária para maior controle dessa praga em manguezais.