Esse artigo busca situar, historicamente, a tecelagem e apresentar algumas reflexões sobre o trabalho artesanal de tecelãs, decorrentes de pesquisa empírica ocorrida em um ateliê de tecelagem em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, visando a problematização do cotidiano do trabalho de mulheres tecelãs e sua (in)visibilidade social. Observamos que o trabalho artesanal possui técnica, arte e saberes. Contudo, mesmo com a sua riqueza artística e tecnológica, este trabalho não é socialmente visibilizado. Com o viés do feminismo e da educação popular, buscamos avaliar o porquê do trabalho destas mulheres ser (in)visibilizado. A metodologia constituiu-se de observação participante e entrevistas individuais e teve como base o conhecimento feminista. Portanto, uma epistemologia feminista, visando trabalhar, sobretudo, com base nos estudos que vêm sendo produzidos e problematizados por feministas no Brasil e na América Latina.
This article seeks to situate weaving, historically, and present some reflections about handcraft work of weaver women based on our empirical research which took place at a weaving atelier in Alvorada, metropolitan zone of Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Aims at problematizing the everyday lifework of women weavers and their social (in)visibility. We observed that handcraft work possesses technique, art and knowledge. However, even in its artistic and technologic richness, this work is not socially made visible. Through feminism and popular education, we seek to analyze because is the work of these women made (in) visible. The methodology of this research had participant observation, individual interviews and was based on Feminist knowledge; therefore, a Feminist epistemology, aiming at working, above all, with studies which have been produced and problematized by Feminists in Brazil and throughout Latin America.