Durante o século XX, a Mata Atlântica foi reduzida a 7% do total original devido à intensa
exploração ambiental, desmatamentos, queimadas e mudança do uso do solo A Mata
Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo e um dos mais ameaçado
de extinção. Com a destruição acelerada das florestas tropicais, grande parte da
biodiversidade presente nestes ecossistemas está se perdendo, antes mesmo que se tenha
inteiro conhecimento de sua riqueza natural. Estudos ecológicos são necessários para
conhecer melhor a estrutura e dinâmica das populações biológicas fragmentadas, para poder
avaliar a capacidade de regeneração natural (a expansão dos fragmentos). Os levantamentos
florísticos e fitossociológicos são fundamentais para o conhecimento e conservação da
biodiversidade. O objetivo geral deste estudo é conhecer a estrutura fitossociológica e a
composição florística do componente arbóreo de um fragmento de Mata Atlântica, com cerca
de 5 hectares, localizado no Campus do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB), em
Barra do Piraí-RJ. O projeto foi subdividido nas seguintes etapas (fases): (1) levantamento
fitossociológico; (2) identificação das espécies e montagem das exsicatas; (3) análise dos
dados; e (4) divulgação dos resultados. Até o momento, já foram amostrados 186 indivíduos
arbóreos no total, sendo 96 amostrados apenas na parcela 3; o maior número de árvores
ocorreu na classe de 7-10 cm de DAP, com poucas árvores atingindo DAP superiores a 60
cm; é possível observar que as parcelas 1 e 2 foram intensamente perturbadas, quando
comparadas a parcela 3; e já foram identificadas 11 espécies e 2 gêneros de árvores
pertencentes a 10 famílias, dentre elas o jacarandá da Bahia (Dalbergia nigra).