Tabagismo entre estudantes de profissões de saúde: prevalência, conhecimento, atitudes e opiniões

Revista de Saúde

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ISSN: 21792739
Editor Chefe: Paloma Mendonça
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Tabagismo entre estudantes de profissões de saúde: prevalência, conhecimento, atitudes e opiniões

Ano: 2017 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Anderson Cardoso da Silva, Eduardo Ribeiro Teixeira, Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves, Maria Cristina Almeida de Souza
Autor Correspondente: Anderson Cardoso Da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Abandono do uso de tabaco, Hábito de fumar, Pessoal de saúde, Tabaco.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O tabagismo é a principal causa evitável de mortalidade no mundo. Cabe ao pessoal de saúde empenhar-se para mudar isso, mas sua atuação depende de serem ou não tabagistas, e do treinamento recebido. O objetivo deste trabalho foi verificar se a atitude dos estudantes de profissões da saúde é modificada pelo fato de terem hábito de fumar, estimar a prevalência de tabagismo e avaliar opiniões. Trata-se de um estudo transversal, com inquérito aplicado a uma amostra aleatória simples de acadêmicos de medicina, enfermagem, odontologia e farmácia, segundo a metodologia da Pesquisa Mundial sobre Tabagismo em Estudantes de Profissões de Saúde. A análise estatística considerou um valor de p < 0,05 como índice de significância. O questionário foi respondido por 114 estudantes; 65,8% eram do gênero feminino e 72,8% tinham menos de 24 anos. A prevalência de tabagismo foi de 19,3%, estando acima da média nacional, e foi maior no gênero masculino. Quanto às opiniões, destaca-se que para 82,6% dos não fumantes, os profissionais da saúde (PS) servem de modelo de comportamento, contra 59,1% dos fumantes (p = 0,02); para 97,8% dos não fumantes, os PS devem rotineiramente aconselhar pacientes a parar de fumar, contra 81,8% dos fumantes (p ≤ 0,01). A maioria respondeu que PS devem receber treinamento sobre técnicas de cessação, mas 75,4% afirmam não terem sido treinados. Considerando a alta prevalência de tabagismo e seu impacto sobre a atuação dos futuros profissionais da saúde, conclui-se que deve ser destinada maior atenção ao treinamento dado sobre abandono do uso de tabaco.



Resumo Inglês:

Smoking is the leading preventable cause of mortality in most countries. It is up to health personnel to commit to changing this situation, but their practice depends on them being smokers themselves and receiving training. The objective of this study was to determine whether the attitude of students from health courses is modified by the fact that they have smoking habits, to estimate the prevalence of smoking and evaluate opinions on the subject of smoking. This is a crosssectional study with a survey applied to a simple random sample of students of medical schools, nursing, dentistry and pharmaceutics, based on the standard questionnaire of the Global Health Professional Students Survey. The analysis considered a p-value < 0.05 as statistically significant. The questionnaire was completed by 114 students, 65.8% female and 72.8% under 24 years of age. The overall prevalence of smoking was 19.3%, above the national average, and higher in males. Concerning the students’ opinions, 82.6% of non-smokers consider health professionals (HP) to be role models, as opposed to 59.1% of smokers (p = 0.02); 97.8% of non-smokers believe that HP must routinely advise their patients to stop smoking, as opposed to 81.8% of smokers (p ≤ 0.01). Although most students have answered that HP should receive training on cessation techniques, 75.4% said they had not received any formal training. Considering the high prevalence of smoking and its impact on the practice of future health professionals, it is necessary to give more attention to the training given on tobacco use cessation.