Este trabalho volta-se à investigação sobre trajetória de filiação político-partidária e consumo, a partir de filiados/as ao Partido dos Trabalhadores e ao Partido Socialismo e Liberdade (Recife/PE), aqui considerados de esquerda. Os/As partidários/as foram ouvidos/as por meio de entrevistas em profundidade, entre novembro/2015 e janeiro/2016. Hesitações e pausas foram consideradas produtoras de sentido, sobretudo em momentos cujas temáticas pareciam não fazer parte das reflexões cotidianas dos filiados/as, a exemplo das definições ou conceituações sobre o consumo. Dentre os resultados encontrados, o vestuário foi um dos principais itens de consumo que comunica “militância”, embora também se expressem por meio de rejeições a produtos de publicidade de cunho machista ou de produtos transgênicos. É válido frisar que tais orientações foram mais vinculadas à participação em movimentos sociais do que a participação partidária em si, e parece que o consumo ainda é uma pauta de discussão desafiadora aos partidos estudados.
This work turns to research on trajectory of party-political affiliation and consumption, from affiliates Partido dos Trabalhadores e ao Partido Socialismo e Liberdade (Recife/PE), here considered left parties. The partisans were heard/the through in-depth interviews, between November/2015 and January/2016. Hesitation and breaks were considered producing meaning, especially at moments seemed not in thematic whose reflections of affiliated/the daily, such definitions or concepts about consumption. Among the findings, the clothing was one of the main items which communicates "militancy", although also express themselves through the rejection of sexist slant advertising products or transgenic products. Is valid to note that such guidelines were more linked to participation in social movements than partisan participation itself, and it seems that consumption is still a challenging discussion agenda the parties studied.