Intelectuais periféricos e tradição moderna: um percurso de um surrealismo à brasileira & Murilo leitor de Camus

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ISSN: 1518-2983
Editor Chefe: Profa. Dra. Mônica Ribeiro de Oliveira
Início Publicação: 01/10/1994
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Multidisciplinar

Intelectuais periféricos e tradição moderna: um percurso de um surrealismo à brasileira & Murilo leitor de Camus

Ano: 2008 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: André Luiz de Freitas Dias, Frederico Spada Silva, Jovita Maria Gerheim Noronha
Autor Correspondente: André Luiz de Freitas Dias | [email protected]

Palavras-chave: Murilo Mendes, arquivo cultural francês, apropriação, Murilo Mendes, French cultural archive, appropriation

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O projeto Intelectuais Periféricos e Tradição Moderna visa investigar, através do exemplo do poeta Murilo Mendes, as relações que intelectuais periféricos estabelecem com a tradição moderna, mais especificamente com a matriz cultural francesa, apropriando-se dela de modo criativo e realizando uma reinvenção dessa tradição. Tomando dois caminhos para a análise do arquivo muriliano, o primeiro pelas relações de Murilo com o surrealismo e seus modos de operação, o segundo pelas aproximações intelectuais e afetivas entre Murilo Mendes e o escritor francoargelino Albert Camus, o projeto aponta para as estratégias criativas de Murilo como leitor de seus arquivos bibliográfico, pessoal e artístico. Tem como corpus, principalmente, o livro Retratos-relâmpago (1973), que faz do acervo bibliográfico e do círculo de amizade do poeta um álbum de fotografias e afetos (escrito, entendase) que acaba por compor uma biblioteca outra, imaginária, mais (auto) biográfica do que literária.



Resumo Inglês:

The project Peripheral Intellectuals and Modern Tradition intends to investigate, through the examples of the Brazilian poet Murilo Mendes, the relations established between peripheral intellectuals and modern tradition, specifically with the French cultural matrix, assuming it in a creative way and reinventing it. The murilian archive’s analysis took two ways – the relations Mendes had with the surrealism and its modus operandi; the intellectual and affective approximations between the poet and the French philosopher Albert Camus –, signalizing Mendes’ creative strategies as a reader of his bibliographical, personal and artistic archives. This analysis has the book Retratos-relâmpago (1973) as corpus, which converts the poet’s friends and his bibliographical archive into an album of photographs and empathies (written ones, of course) which composes an other, imaginary library, more (auto)biographical than literary.