Apresenta-se, neste artigo, uma reflexão acerca dos processos de subjetivação inscritos na prática testemunhal, a partir do exame de fotografias que compõe o “Projeto 1:4 retratos da violência obstétrica” e posts que o divulgam no Facebook. Por meio de uma abordagem discursiva, são analisadas as posições subjetivas inscritas neste material, voltando a atenção para as formas com as quais a violência é simbolizada na materialidade da língua e do discurso, produzindo um dizer político de denúncia da agressão e do abuso médicos. Na composição material tecida entre imagem e palavra, formulada no ensaio fotográfico, o testemunho se reveste de uma força performativa que acompanha os processos de transformação e deslocamento ideológicos, produzindo possibilidades de identificação para as mulheres em contraposição aos sentidos de naturalização da violência de gênero estrutural à sociedade patriarcal.
In this article, we present a reflection on subjectivation processes inscribed in witness practice from examining photographs that comprise the "Project 1:4 pictures from obstetric violence" and posts that publicise this on Facebook. Using a discursive approach, we analyse the subjective positions found in this material, turning our interest to ways in which violence is symbolized in the materiality of language and discourse, producing a political speech of reporting aggression and doctor abuse. In the material composition woven between image and word, formulated in photo essays, the witness is of a performative force that accompanies the transformation processes and ideological shift, producing identification possibilities for women as opposed to naturalization senses of structural gender violence to patriarchal society.
Presentamos, en ese artículo, una reflexión acerca de los procesos de subjetivación inscrito en la práctica testimonial, a partir del examen de fotografías que compone el Proyecto 1:4 retratos de la violencia obstétrica y posts que lo divulgan en Facebook. Por medio de un abordaje discursivo, analizamos las posiciones subjetivas inscritas en ese material, poniendo nuestro interés para las formas con las cuales la violencia se simboliza en la materialidad de la lengua y del discurso, produciendo un decir político de denuncia y agresión y de abuso médico. En la composición tejida entre imagen y palabra, formulada en el ensayo fotográfico, el testimonio se reviste de una fuerza performativa que acompaña los procesos de transformación y desplazamiento ideológicos, produciendo posibilidades de identificación para las mujeres en contraposición a los sentidos de naturalización de la violencia de género estructural a la sociedad patriarcal.