O presente trabalho discute dois temas da clínica psicológica: ética e prática psicoterapêutica. Contemporaneamente, estes temas são acompanhados dos impasses humanos frente às exigências de adequação e objetividade. Eticamente os seres humanos organizam suas vidas anteriormente à consolidação da ética como disciplina e da legitimação desta nos códigos de conduta profissionais de diferentes ciências. Contudo, a ética no cotidiano alcança sentidos diversos às regras e aos deveres; é sobre estes sentidos que se dedicou este trabalho. Particularmente, no modelo psicoterapêutico inspirado na Fenomenologia Existencial, a ética foi exposta através de modos de ser do humano na convivência com os impasses próprios da existência. Assim, o trabalho psicoterapêutico foi destacado no convite para atualizarmos os exercícios de pensar e sentir sobre os modos como os seres humanos habitam o mundo. O método apoia a psicoterapia fenomenológico existencial na medida em que inspira o caminho percorrido neste trabalho que se pretende mostrar atento à compreensão da experiência cotidiana, especialmente, na sensibilização dos profissionais e dos clientes quanto às relações estabelecidas entre razão e sentimentos (afetos) desestabilizando as certezas absolutas e crenças antecipatórias quanto ao modo como nos organizamos. Metodologicamente, elegemos algumas direções adotando a descrição dos acontecimentos como conteúdo de investigação, associando a esta compreensão-interpretação como ações combinadas a fim de possibilitar abertura de sentidos para as experiências anunciadas pelo e para o cliente. O encontro psicoterapeuta/cliente e o modo como a experiência psicoterapêutica foi conduzida são expressões éticas de uma perspectiva que incentiva a abertura de possibilidades quanto ao estar-com do homem no seu cotidiano.
The present work discusses two themes of the psychological clinic: ethics and psychotherapeutic practice. At the same time, these themes are accompanied by human impasses in the face of demands for adequacy and objectivity. Ethically human beings organize their lives prior to the consolidation of ethics as a discipline and the legitimacy of it in the professional codes of conduct of different sciences. However, everyday ethics reaches different meanings to rules and duties; it is on these senses that this work has been devoted. Particularly, in the psychotherapeutic model inspired by the Existential Phenomenology, ethics was exposed through the ways of being of the human in the coexistence with the impasses proper to existence. Thus, the psychotherapeutic work was highlighted in the invitation to update the exercises of thinking and feeling about the ways in which human beings inhabit the world. The method supports the existential phenomenological psychotherapy in that it inspires the path in this work that is to be attentive to show understanding of everyday experience, especially in the sensitization of professionals and clients on the relations established between reason and feelings (affections) destabilizing the absolute certainties and anticipatory beliefs regarding the way we organize ourselves. Methodologically, we choose some directions by adopting the description of events as research content, associating this understanding-interpretation as combined actions in order to allow the opening of meanings to the experiences announced by the client. The psychotherapist / client encounter and the way the psychotherapeutic experience was conducted are ethical expressions from a perspective that encourages the opening of possibilities as to the being-with of the man in his daily life.
El presente trabajo discute dos temas de la clínica psicológica: ética y práctica psicoterapéutica. Contemporáneamente, estos temas son acompañados de los impasses humanos frente a las exigencias de adecuación y objetividad. Eticamente los seres humanos organizan sus vidas antes de la consolidación de la ética como disciplina y de la legitimación de ésta en los códigos de conducta profesionales de diferentes ciencias. Sin embargo, la ética en el cotidiano alcanza sentidos diversos a las reglas y los deberes; es sobre estos sentidos que se dedicó este trabajo. En particular, en el modelo psicoterapéutico inspirado en la Fenomenología Existencial, la ética se expuso a través de modos de ser del humano en la convivencia con los impasses propios de la existencia. Así, el trabajo psicoterapéutico fue destacado en la invitación para actualizar los ejercicios de pensar y sentir sobre los modos como los seres humanos habitan el mundo. El método apoya la psicoterapia fenomenológica existencial en la medida en que inspira el camino recorrido en este trabajo que se pretende mostrar atento a la comprensión de la experiencia cotidiana, especialmente, en la sensibilización de los profesionales y de los clientes en cuanto a las relaciones establecidas entre razón y sentimientos (afectos) desestabilizando las certezas absolutas y creencias anticipatorias, como nos organizamos. Metodológicamente, elegimos algunas direcciones adoptando la descripción de los acontecimientos como contenido de investigación, asociando a esta comprensióninterpretación como acciones combinadas a fin de posibilitar apertura de sentidos para las experiencias anunciadas por y para el cliente. El encuentro psicoterapeuta / cliente y el modo como la experiencia psicoterapéutica fue conducida son expresiones éticas desde una perspectiva que incentiva la apertura de posibilidades en cuanto al estar-con del hombre en su cotidiano.