O artigo introduz uma metanarrativa declarada como construída, acompanhada por argumentos que visam provocar reflexões sobre como as diferenças são construídas em nossos cotidianos. As críticas e as propostas são múltiplas e transversais quando buscam demonstrar porque percepções sólidas acerca de identidades não são recomendadas. Ao mesmo tempo promove debates sobre as precauções a se ter em conta para evitar usos indevidos de posições com privilégios. As lógicas de discursos idealizados em alegadas homogeneidades criadas a partir de idealismos oriundos de identidades hegemônicas e falsas continuidades são desconstruídas. A antropologia é introduzida como uma ferramenta para atingir maior igualdade de gênero e instrumentalizada para combater desigualdades, violências e injustiças, devido ao foco na articulação do gênero com categorias interseccionais. O artigo defende o chamado à antropologia simétrica, não reduzindo a simetria as sujeitas, mas aplicando aos campos de saber: Antropologia e Feminismo.