Desde os anos 80, a progressiva institucionalização de um governo mundial dos desastres se baseia em um conjunto de números compilados em bases de dados. O artigo se interessa por duas dentre elas: EM-DAT, produzida pelo CRED; e Desinventar, produzida pela La Red. Cada uma destas bases de dados elabora, ao seu modo, e com a ajuda de traduções, uma narrativa sobre os desastres, e um tipo de diálogo se estabelece entre elas, que nos falam das diferentes dimensões de um mundo “desastroso".