Esse estudo foi realizado no contexto do componente curricular Metodologia de Pesquisa, em um curso de licenciatura, no qual a proposta foi a de aprender pesquisar na prática. O tema, escolhido pelo grupo de alunos, foi a procrastinação em âmbito universitário, com o objetivo de compreender se ela contribui negativamente para o desempenho acadêmico. O motivo da escolha do tema foi a percepção da recorrência do fenômeno no contexto de inserção, inclusive entre os participantes. A pesquisa enfatizou a abordagem qualitativa, utilizando como instrumento metodológico entrevistas semiestruturadas, gravadas, transcritas e analisadas através da Análise de Conteúdo. Os resultados indicam que a elaboração de uma estratégia de organização de tarefas pode contribuir para minimizar a procrastinação acadêmica, porém ideias como “automatismo de repetição” iniciando, muitas vezes, cursos com atitudes e procedimentos aprendidos em contextos escolares diferentes, no modo “cumprir tarefa”, sem que os alunos sejam acolhidos com a explicitação das mudanças de expectativas, sem perceber que aprender pode ser significativo e prazeroso, quando explicitados os “objetivos” os “procedimentos”, os “critérios avaliativos”, contribuíram para que os alunos/pesquisadores refletissem criticamente, percebendo que, ao longo dessa experiência não haviam procrastinado tarefas e que tinham aprendido metodologia de pesquisa na prática, realizando uma que está sendo compartilhada nesse artigo.